Deus e a Humanidade

09/09/2015 17:06

DEUS E A HUMANIDADE

 

“A ideia da perfeição é Deus,
Da ideia da perfeição nasce a humanidade
Entre o que foi ideia e o que dela se manifestou.
E o espírito evolui sobre esse eixo.
De Deus nasce a humanidade,
Porque Deus é a própria ideia da perfeição.
Do desejo de manifestar Deus no plano material,
Nasce o formato homem.
Humanidade é o particular espiritual de cada homem.
Para Deus se manifestar, ele se fragmenta nas infinitas humanidades,
Todas juntas formam Deus, então todos somos Um.
Para voltar a ser Deus, a humanidade precisa se tornar novamente completa,
Então, na busca de se completar,
Reúne em si os pedaços das outras humanidades.
E novamente todos somos Um e o Um se torna Deus.
 
Só fragmentado Deus pode se distribuir pelo vazio infinito do plano manifesto
Portanto a perfeição é fragmentada e escondida nos vazios da nossa realidade
E só assim nossa realidade manifesta é possível,
E só por isso nossa realidade manifesta é possível.
Porque a perfeição se esconde no macro e no micro da realidade
E nós homens, só conseguimos captar sensorialmente o universo intermediário da realidade
Por isso a perfeição manifesta assusta nossos olhos,
da mesma forma que o excesso de luz cega nossas vistas
O homem não foi feito para detectar a perfeição,
Mas é permitido a humanidade que mora em cada homem
Transcender o formato e alcançar com a mente a perfeição.
E diante da perfeição a humanidade percebe que também faz parte do plano
E assim transporta o homem ao micro e ao macro da realidade,
Descobrindo o que pra Deus sempre foi o obvio:
O homem também é perfeição.
Então tudo muda, sem que com isso nada saia do lugar
E Deus continua morando onde sempre morou
Só que agora o homem se vê como pouso.
 
Se Deus fosse um  quebra-cabeças,
A humanidade seria a característica particular de cada peça.
Deus é Deus porque cedeu a oportunidade de formar uma imagem completa
Para poder manifestar as peças.
Quando se organiza as peças formando a imagem,
Já não é mais um quebra-cabeças, é uma obra de arte.
Para se ter o quadro, abre-se mão das peças,
Para se ter as peças, abre-se mão do quadro;
E no entanto, todo conjunto é ao mesmo tempo quadro e peças,
Dois planos de uma mesma realidade,
Que se completam pelo inverso da existência entre um aspecto e outro,
Como dois amantes que se tocam através do vazio,
E se beijam através de outras bocas,
É a renuncia da  concretização tornando possível o caminhar da história.”
 
Natalia Verdial